quarta-feira, janeiro 26, 2011

Lacrimejamento em Bebês

Seu bebezinho não para de lacrimejar? A obstrução do canal lacrimal é a causa mais comum de lacrimejamento no primeiro ano de vida, podendo ocorrer em cerca de 6% dos recém-nascidos. Na maioria das vezes ela é unilateral e tem resolução espontânea em 90% dos casos.

A principal causa de obstrução é a persistência de uma membrana na região da válvula de Hasner, no local de abertura do ducto nasolacrimal na cavidade nasal. Ou seja, a criança tem o canal que leva a lágrima para o nariz entupido. Outras alterações como estreitamento do canal lacrimal, espículas ósseas, presença de válvulas ou outras membranas podem ocorrer, resultando em outras formas de obstrução.
Mas outras condições podem levar ao lacrimejamento nesta faixa etária: glaucoma congênito,conjuntivite (neste caso geralmente há hiperemia conjuntival e edema palpebral, ou seja, olhos vermelhos e inchados), triquíase (ocorre quando os cílios nascem virados para dentro do olho) e fechamento incompleto das pálpebras.

Geralmente os pais observam um lacrimejamento constante em um ou em ambos os olhos, como se houvesse uma lágrima que não cai do olho. Na maioria das vezes, não há sinais de inflamação ou infecção. Em alguns casos, aparece uma secreção mucopurulenta, levando ao aspecto de “olho melado”. A criança pode acordar com os olhos como se estivessem com as pálpebras coladas, quando esta secreção seca e precisa ser higienizada para proporcionar conforto ao bebê.

Aproximadamente 90% dos casos apresentam resolução espontânea, ou seja, não necessitam de tratamento. Cuidados com a higiene, removendo a secreção em excesso, além da massagem preconizada são importantes para o tratamento conservador. Esta massagem é feita várias vezes ao dia, deslocando o dedo indicador do canto interno do olho inferiormente, com o auxílio de uma pomada que facilite o dedo deslizar sobre a pele e não machuque o bebê. É feita a compressão do saco lacrimal, levando o material de dentro do saco lacrimal e do ducto nasolacrimal para a região da válvula de Hasner, fazendo com que o aumento da pressão rompa a eventual membrana persistente. O oftalmologista explica direitinho como ela deve ser feita!
A sondagem e a irrigação do ducto nasolacrimal deve ser realizada quando não ocorre resolução espontânea. A época em que a sondagem deve ser realizada é um assunto controverso, sendo indicada mais frequentemente entre 6 e 14 meses. Esta sondagem soluciona o problema em aproximadamente 90-95% dos casos, salvo quando há alterações mais graves.
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Fonte: ABC.MED.BR, 2011. Lacrimejamento em bebês. O que fazer?. Disponível em: http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/170112/lacrimejamento+em+bebes+o+que+fazer.htm


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