quinta-feira, janeiro 13, 2011

Aprendendo a Falar

Leonardo fala muuuito! Em chinês!!!! Huahuahua! São altos papos e explicações, mas de palavras mesmo,uma ou outra perdida... Bem, descobri como turbinar o blábláblá do garoto!
Segundo estudo recente da Universidade de Iowa a exposição a objetos similares – mas não iguais – facilita o aprendizado de palavras em crianças.

A conclusão veio da observação de grupos de crianças que estavam aprendendo o significado de uma mesma palavra, mas expostas a objetos similares. No primeiro grupo, a palavra “copo”, por exemplo, era seguida da apresentação do mesmo objeto. No segundo, as crianças tinham de deduzir que copos semelhantes, mas não iguais, tinham o mesmo nome. Esse último grupo aprendia mais rapidamente e melhor o significado das palavras!
O estudo, publicado no periódico Psychological Science, mostrou que crianças com idade média de 18 meses e que tinham a possibilidade de brincar com uma amplitude maior de objetos similares – baldes ou então potes de materiais, cores, tamanhos ou texturas diversos – aprendiam novas palavras duas vezes mais rapidamente do que aquelas que brincavam com objetos exatamente iguais.

Após o estudo em laboratório, uma observação desses indivíduos mostrou também que essas crianças passavam a aprender mais rapidamente as novas palavras ensinadas pelos pais (em média 10 palavras por semana). O primeiro grupo, dos objetos iguais, aprendia, em média, apenas uma palavra nova por semana (a média normal observada na população de crianças em geral e é o que tem acontecido lá em casa!). Isso indica que é possível acelerar o aprendizado nas crianças, apesar de os pesquisadores não saberem exatamente como esse processo ocorre.
O “treino avançado” com palavras – apresentando maior variedade de objetos – feito em laboratório e observado pelos pesquisadores, também mostrou que o formato dos objetos apresentados era o fator mais importante para o aprendizado das crianças. Esse tipo de comportamento, apontam os autores, não deveria ser observado em crianças tão novas.

Isso pode indicar que a exposição a uma gama maior de objetos pode também acelerar esse tipo de aprendizado, aumentando o nível de atenção das crianças para essa característica tridimensional das coisas que as rodeiam. As crianças do treino avançado também tinham maior foco no material dos objetos, o que as fazia entender melhor o significado de palavras de substâncias não sólidas (como “água”, por exemplo).
“Saber como direcionar a atenção parece ajudar no aprendizado de palavras de uma forma geral”, diz Lynn Perry, principal autora do estudo. “O comportamento orientado ao formato aumenta o desenvolvimento do vocabulário, pois a maioria das palavras que uma criança aprende são categorias organizadas por formatos similares – como ‘copo’, ‘xícara’, ‘jarra’, por exemplo. E essa habilidade de organização vai ajudá-las a entender o nome das coisas não sólidas, como ‘gelatina’, ‘pudim’ ou ‘leite’”, explica a pesquisadora.

O que as crianças aprendem sobre uma categoria serve de base para o próximo aprendizado, diz Larissa Samuelson, que coordenou o estudo. “Exemplares de objetos similares ajudam as crianças a especificar o nome e a definir categorias, o que as faz aprender mais rapidamente dali pra frente. O que observamos fora do laboratório foi que essas crianças, após aprenderem a generalizar uma categoria, faziam isso cada vez mais constantemente, indo além do que elas haviam aprendido dentro do ‘treino avançado’ que desenhamos para a pesquisa”, conclui.
Fonte: O que eu tenho (uol)

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